41% das empresas em Portugal afirmam já estar a usar Inteligência Artificial
Nos últimos anos, o mercado da Inteligência Artificial tem estado em forte crescimento, especialmente no contexto empresarial. De acordo com um estudo recente da Microsoft, a dimensão total do mercado de IA ultrapassou os 241 mil milhões de dólares, projetando-se que atinja os 738 mil milhões de dólares até 2030. No caso da IA generativa, verificou-se um aumento de 90% em relação ao ano de 2022 e de 692% em relação a 2020. Perante esta evolução, os empregadores em todo o mundo estão já a avançar na implementação, enquanto procuram ajudar os seus trabalhadores a adotar estas tecnologias de forma responsável.
Para analisar o atual contexto de implementação da IA e o seu impacto nas empresas e nas pessoas, a Experis lança o Global Insights Whitepaper – Construir uma Estratégia Centrada nas Pessoas para a Produtividade Impulsionada por IA.
41% das empresas nacionais – e 48% a nível global – afirmam já usar atualmente Inteligência Artificial
Atualmente, cerca de metade das empresas a nível global (48%) já utiliza ferramentas de IA, sendo que, em Portugal, as organizações se revelam um pouco mais cautelosas, com 41% a referir usar estas ferramentas.
De uma maneira geral, os empregadores planeiam acelerar esta implementação de tecnologias de IA nos próximos anos. De facto, entre aqueles que não são utilizadores atuais, 33% a nível global e 38% em Portugal afirmam que a sua organização planeia recorrer a ferramentas de IA nos próximos três anos. Esta evolução aumentará o uso médio global destas aplicações para 81% dos empregadores em todo o mundo, até 2027. Para aproveitar em pleno estas ferramentas e criar valor centrado no cliente, aumentará, assim, a necessidade de construir uma força de trabalho qualificada.
65% da força de trabalho acredita que a IA terá um impacto positivo no futuro do trabalho
Tanto em Portugal como a nível global, a maioria da força de trabalho (65%), em todos os níveis hierárquicos, acredita que a IA terá um impacto positivo no futuro do trabalho. No entanto, o nível de otimismo varia com base na região e no nível hierárquico dos trabalhadores. Em Portugal, as lideranças séniores e intermédias são as mais otimistas (70%), seguidas dos profissionais administrativos (68%). Os trabalhadores da linha da frente, isto é, os profissionais de fábrica ou de atendimento, são os mais cautelosos, com apenas 53% a manifestar o mesmo otimismo.
As preocupações com a privacidade e regulamentação, o custo de investimento e a resistência à mudança são os principais obstáculos à adoção da IA apontados pelos empregadores portugueses
35% dos empregadores em Portugal apontam as preocupações com a privacidade e a regulamentação como o principal desafio da adoção da IA. Seguem-se os elevados custos de investimento e a resistência dos profissionais à mudança, ambos com 30% dos empregadores a responder nesse sentido. Um total de 29% dos empregadores refere igualmente a falta de competências, por parte dos trabalhadores, para usar a IA de forma eficaz. O cenário é similar ao observado a nível global, onde a principal preocupação, apontada por 33% dos empregadores, diz respeito aos custos da adoção da IA. As preocupações com a privacidade e regulamentação e a falta de competências dos profissionais são também destacadas por 31% das empresas.
72% dos empregadores nacionais e globais projetam impactos positivos da IA e do Machine Learning (ML) nas suas empresas nos próximos dois anos
Quando questionados sobre o impacto da IA e do ML no desempenho geral das empresas e na função de RH, nos próximos dois anos, houve um consenso em todos os setores e regiões de que estas ferramentas terão um impacto positivo. Na verdade, 72% dos líderes, tanto a nível nacional como global, acreditam que a IA e o Machine Learning (ML) terão um impacto positivo nos resultados das suas empresas até 2026.
Além do desempenho geral da empresa, a nível nacional, é na formação dos trabalhadores que este impacto se revela mais positivo, com 74% das empresas a reforçar esta prioridade. Destacam-se ainda os impactos positivos no upskilling e reskilling (68%), processos de recrutamento (66%) e compromisso e onboarding, (64%), entre outros.
O estudo Global Insights Whitepaper – Construir uma Estratégia Centrada nas Pessoas para a Produtividade Impulsionada por IA analisou as respostas de mais de 40 mil empregadores em 42 países para compreender de forma mais clara a adoção atual e futura de IA em diversos setores e regiões.