Atrair as Mulheres Para a Tecnologia e Reduzir a Desigualdade de Género

A enorme desigualdade de género que existe na indústria tecnológica é algo com que todos estamos familiarizados. Mas, apesar do esforço da indústria para resolver esta situação, o progresso tem sido lento e há ainda muito trabalho a ser feito. Para assinalar o Dia Internacional da Mulher e das Raparigas na Ciência deste ano, celebramos as mulheres e raparigas que lideram a inovação nesta área e partilhamos um conjunto de ações que devem ser postas em prática para impulsionar mudanças duradouras. 

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Promover as disciplinas STEM desde as idades mais jovens

Uma das causas da desigualdade de género no local de trabalho prende-se com o fato das raparigas não estarem a optar por desenvolver a sua formação nas disciplinas STEM, o que limita o número de jovens mulheres que entram em indústrias relacionadas com a tecnologia e contribui para a escassez generalizada de competências STEM. De acordo com dados da UNESCO, apenas cerca de 30% das estudantes do sexo feminino prosseguiram no ensino superior em disciplinas relacionadas com as STEM, sendo as matrículas particularmente baixas em TIC, com apenas 3%. É evidente que esta questão deve ser abordada desde cedo, tanto nas escolas como em casa. Precisamos de banir a ideia de “empregos de raparigas” versus “empregos de rapazes”, promover a importância das disciplinas STEM, educar os jovens sobre as possibilidades de carreira dentro destas áreas, chamar a atenção para as mensagens com preconceito de género nos meios de comunicação social e integrar as STEM em atividades de ocupação dos tempos livres.

Elevar e valorizar os modelos femininos do setor

Também sabemos que a desigualdade de género existe porque não existem mentoras ou modelos femininos suficientes dentro da indústria para inspirar o aparecimento de novos talentos. De acordo com um estudo da PWC UK, 78% dos estudantes não conseguem nomear uma mulher famosa que trabalhe no sector da tecnologia e 83% das mulheres Millennials no Reino Unido procuram ativamente empregadores com um forte registo de diversidade, igualdade e inclusão. É, portanto, responsabilidade dos empregadores criar e incorporar uma cultura de diversidade como uma prioridade empresarial, para criar essa visibilidade e ajudar a atrair e manter as mulheres no campo da tecnologia.

A diversidade é benéfica para os negócios

As empresas com elevada diversidade de género são mais lucrativas do que aquelas que são menos diversificadas. Podemos em parte atribuir isto a perspetivas diferentes: as raparigas e as mulheres pensam de forma diferente dos rapazes e dos homens. Têm ideias diferentes a oferecer e abordam a resolução de problemas de ângulos que se desviam do que se entende como o normal, o que ajuda a impulsionar a inovação. Numa indústria tecnológica em rápida mutação, a paridade no local de trabalho não pode ser vista apenas como uma boa ação. As diferentes perspetivas que trazem são críticas para a sobrevivência das empresas, para a sua vantagem competitiva e para um desenvolvimento contínuo no mercado.

O nosso compromisso de conduzir a mudança

A compreensão das origens do problema é importante, assim como a apresentação dos argumentos empresariais para fomentar a paridade de género. Mas é necessário agir para criar mudanças mensuráveis, a longo prazo e duradouras. Na Experis, temos um enorme papel a desempenhar na superação do fosso de diversidade.