Mais de metade das empresas de TI em Portugal preveem aumentar as suas equipas no último trimestre de 2023

Conclusões do Experis Tech Talent Outlook: 4º trimestre de 2023

  • A Projeção para a Criação Líquida de Emprego no setor das Tecnologias da Informação (TI)* em Portugal revela-se forte, com um valor de +47%, crescendo 3 pontos percentuais face ao terceiro trimestre de 2023 
  • Portugal destaca-se como o 7º país a nível global com as previsões de contratação mais otimistas neste setor, situando-se 8 pontos percentuais acima da média

A transformação digital e a maior automatização das empresas e modelos de negócio refletem-se no dinamismo do setor das Tecnologias da Informação e, consequentemente, na necessidade de reforço das suas equipas com perfis especializados, que lhes permitam responder às oportunidades do mercado e alavancar o seu crescimento. Assim, apesar da incerteza que marca o panorama económico nacional e europeu – com a subida da taxa de inflação durante o mês de agosto, o abrandamento no crescimento homólogo do PIB no segundo trimestre – os empregadores nacionais do setor das TI revelam otimismo no que respeita às Perspetivas de Contratação para o quarto trimestre do ano. 

As intenções dos empregadores do setor evoluem, assim, de forma positiva, com 55% das empresas a prever aumentar as suas equipas no próximo trimestre, face a 8% que antevê reduzir e a 31% que planeia manter o seu número atual de colaboradores. Os dados são apresentados no estudo Tech Talent Outlook, apresentado pela Experis, e mostram uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego no setor das TI de +47% para o quarto trimestre do ano, um valor já ajustado sazonalmente e que representa uma subida de 3 pontos percentuais face ao terceiro trimestre de 2023 e de 9 pontos percentuais comparativamente com o período homólogo do ano passado.

Estes valores colocam Portugal 14 pontos percentuais acima da média da região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e 8 pontos percentuais acima da média global, posicionando-o como o sétimo país no mundo com a perspetiva de criação de emprego no setor das TI mais otimista. 

“As exigências do mercado, impulsionadas pela evolução tecnológica, têm vindo a refletir-se nas intenções de contratação dos empregadores do setor das TI, em Portugal, que se mostram otimistas para os últimos três meses do ano. Na verdade, apesar da incerteza que observamos na conjuntura macroeconómica, mais de metade destes empregadores planeia aumentar as suas equipas até ao final do ano. Um dos maiores desafios continua a ser, contudo, a escassez de talento, com 87% das empresas tecnológicas a declarem ter dificuldade em preencher as vagas que lançam para o mercado. Isto tem vindo a obrigar as organizações a repensarem os seus processos de atração de talento, com uma aposta crescente no upskilling e reskilling dos profissionais, atuando assim ao nível da construção do talento que necessitam para poderem concretizar os seus objetivos de crescimento.”, explica Nuno Ferro, Operations Director da Experis. 

Intenções de contratação em IT a nível global mantém-se otimistas, mas estabilizam face ao terceiro trimestre do ano

A Projeção para a Criação Líquida de Emprego no setor tecnológico a nível global apresenta-se com um valor positivo de +39%, mantendo as perspetivas do trimestre passado. Ainda assim, quando comparada com o período homólogo de 2022, esta Projeção reflete uma descida moderada de 5 pontos percentuais. 

Todos os 41 países e territórios inquiridos apresentam Projeções positivas. Com os valores mais otimistas destacam-se países como Porto Rico, com +57%, os Estados Unidos da América, a fixar-se nos +56%, e o México e a Noruega, ambos com uma Projeção de +53%. Com sentimentos de contratação mais cautelosos, encontram-se a Roménia e a Polónia, com +16%, e a Bélgica e a Argentina, com +17%.

O estudo da Experis entrevistou mais de 5300 empresas tecnológicas, em 41 países e territórios. 

* A Projeção para a Criação Líquida de Emprego resulta da diferença entre a percentagem de empregadores que planeia aumentar a sua força de trabalho e a percentagem de empregadores que planeia reduzi-la.