ManpowerGroup Employment Outlook Survey: 2º trimestre 2021
Os empregadores portugueses preveem um clima de contratação pouco animador no segundo trimestre de 2021. De acordo com os dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey, a Projeção para a Criação Líquida de Emprego, no período de abril a junho, é de -1%, caindo seis pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e 14 pontos percentuais se compararmos com as previsões pré-pandemia do período homólogo do ano passado.
Num universo de 514 empresas portuguesas inquiridas, apenas 5% dos empregadores antecipam um aumento nas intenções de contratação, no segundo trimestre de 2021, enquanto 6% esperam reduzir a sua força de trabalho e 81% não avançam qualquer alteração.
Rui Teixeira, Chief Operations Officer da ManpowerGroup Portugal, afirma que “É inegável o efeito das recentes medidas de combate à pandemia nos indicadores de atividade económica. Muito embora a queda observada seja menos marcada que em março e abril, uma vez mais somos confrontados com uma realidade a 2 velocidades, com os setores mais duramente afetados por estas medidas a serem fortemente limitados na sua capacidade de criação ou manutenção dos postos de trabalho, no imediato e a longo prazo. É fundamental, por isso, continuar a atuar no sentido de desenvolver soluções que permitam acompanhar todos aqueles que estão a ser impactados pela destruição de emprego. Identificar as competências adjacentes, que permitem aos trabalhadores fazer a transição para funções com maior procura, e apostar no seu upskilling e reskilling são os principais desafios que temos de superar neste novo contexto, para assim aumentar a empregabilidade das pessoas, construindo uma base de talento ágil e resiliente para momentos de mudança e de disrupção.”
Restauração e Hotelaria: o setor mais afetado pelo contexto atual
Neste segundo trimestre, as intenções de contratação são negativas em quatro dos sete setores de atividade em análise. Contudo, mesmo naqueles setores que mostram intenção de contratar, as previsões estão muito abaixo dos valores verificados em períodos anteriores.
Os empregadores do setor da Restauração e Hotelaria anunciam os planos de contratação mais pessimistas, com uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de -6%. Este valor representa uma redução de 27 pontos percentuais face às estimativas pré-pandemia anunciadas há um ano, mas traduz um crescimento de 10 pontos percentuais face ao primeiro trimestre de 2021. No setor do Comércio Grossista e Retalhista observa-se o mesmo sentimento, com uma Projeção de -5%, diminuindo em três e 18 pontos percentuais relativamente ao último trimestre e ao segundo trimestre do ano passado, respetivamente.
Nos setores da Indústria e da Construção, os empregadores avançam igualmente intenções de contratação pouco animadoras, com Projeções de -3% e -2%, respetivamente, em queda face às perspetivas anunciadas no trimestre anterior.
A contraciclo, o setor das Finanças e Serviços destaca-se com a atividade de contratação mais sólida, apresentando uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de +5%, pelo segundo trimestre consecutivo. Não obstante, numa comparação com o período homólogo do ano passado apresenta uma das reduções mais significativas, caindo 23 pontos percentuais.
Os setores de Outras atividades de Serviços e Outras atividades de Produção mostram igualmente um otimismo cauteloso, avançando com Projeções de +1%, valor que traduz, no entanto, um decréscimo de nove e 11 pontos percentuais respetivamente face ao trimestre passado.
Mais informação em: ManpowerGroup Portugal – MEOS https://manpowergroup.pt/pt/workforce/168/manpowergroup-employment-outlook-survey-portugal-2t2021