A pandemia aumentou a desigualdade de género dentro das organizações, anulando anos de progressos que se tinham alcançado e levando à deterioração do seu bem-estar. Para perceber de que forma os efeitos da pandemia ainda se fazem sentir na saúde mental das profissionais, o que estas privilegiam e como as empresas devem agir para promover o seu bem-estar, o ManpowerGroup desenvolveu o estudo What Women Want (At Work), que inquiriu 5 000 trabalhadores em cinco países.
O suporte em ambiente laboral surge como uma das principais preferências das profissionais
Faca à atual escassez de talento, torna-se importante perceber quais os fatores que as mulheres valorizam em contexto laboral e que elementos contribuem para o seu progresso. O estudo mostra que 80% das profissionais inquiridas apontam o suporte de managers e equipas como o que mais valorizam, seguindo-se de 70% que referem as oportunidades de evolução na carreira. Também a autonomia e flexibilidade são apontadas por 49% das profissionais.
Quatro fatores adicionais, para atrair e reter as trabalhadoras
Uma vez assegurados os elementos fundamentais que vão ao encontro das preferências das trabalhadoras, o estudo revela ainda quatro fatores adicionais de bem-estar, nos quais os empregadores se devem focar, para diferenciar as suas propostas de valor e atraírem e comprometerem as melhores profissionais.
De entre esses elementos, encontramos os benefícios de saúde, que incluem a licença de maternidade e, por exemplo, benefícios em questões de fertilidade. São destacados também os benefícios físicos/ nutricionais e os subsídios de suporte ao cuidado familiar, tanto no apoio a idosos como nos cuidados infantis. Finalmente, é igualmente valorizada uma cultura aberta relativamente ao tema da Saúde Mental e do Bem-Estar. Aqui, inclui-se a promoção do tempo de desconexão remunerado e as ferramentas de apoio ao bem-estar emocional e de prevenção de esgotamentos.
Como podem os empregadores apoiarem as mulheres em contexto de trabalho
O estudo partilha ainda cinco medidas que as empresas devem adotar para promoverem o bem-estar e o progresso das profissionais em contexto laboral.
Primeiramente, a estratégia deve passar pelo apoio às mulheres no equilíbrio entre o trabalho e as responsabilidades domésticas, o que pode ser conseguido, por exemplo, com a adoção de horários de trabalho flexíveis. Como segundo ponto, deve privilegiar-se o desempenho, independentemente da presença física no escritório, mas também contribuir para a progressão das mulheres para funções de liderança, apostando em funções de alto crescimento e oferecendo apoio à progressão na carreira. Como últimos passos sugere-se a criação de uma cultura inclusiva, bem como o assumir de responsabilidade, por parte das lideranças, sobre paridade de género, fazendo com que a mudança comece no topo.
Descarregue a infografia, para consultar todos os dados do estudo.
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