Conclusões do Experis Tech Talent Outlook: 2º trimestre de 2025
- Setor das TI regista uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de +25%, um crescimento de 3 pontos percentuais face ao trimestre anterior
- Responder às necessidades de crescimento das empresas e contratar novas competências para acompanhar a evolução tecnológica são as principais razões apontadas pelos empregadores do setor para aumentarem as suas equipas
De abril a junho deste ano, os empregadores do setor tecnológico em Portugal mantêm a trajetória de recuperação nas suas intenções de contratação, com uma Projeção sólida para o segundo trimestre do ano. Estas são conclusões do Experis Tech Talent Outlook, que revelam que a Projeção para a Criação Líquida de Emprego no setor das Tecnologias da Informação (TI) para o segundo trimestre do ano é +25%, um valor que representa uma subida de 3 pontos percentuais face ao trimestre anterior.
Esta Projeção coloca, ainda assim, Portugal 10 pontos percentuais abaixo da média global, que se situa nos +35%, um valor 2 pontos percentuais abaixo do registado no primeiro trimestre do ano e um ponto percentual acima do verificado no período homólogo de 2024.
Assim, dos empregadores inquiridos em Portugal, 37% pretendem aumentar as suas equipas no próximo trimestre, face a 12% que antecipam ter de reduzir a sua força de trabalho e a 49% que esperam manter o número atual de colaboradores.
“Para o segundo trimestre do ano, as TI continuam a trajetória de recuperação na criação de emprego e representam já o terceiro setor com maiores intenções de contratação em Portugal. Efetivamente após um período de ajuste de equipas, vemos como as empresas continuam a procurar assegurar o talento que lhes permitirá concretizar os seus planos de crescimento, num momento em que a inovação tecnológica avança a um ritmo cada vez mais acelerado. AI, Cloud, Cibersecurity, Data são alguns dos perfis que as empresas procuram contratar, o que pode representar um desafio num contexto em que 76% das empresas referem dificuldade na contratação e que o mercado de talento para estes perfis é cada vez mais global.” afirma Nuno Ferro, Brand Leader da Experis.
O crescimento das empresas e a necessidade de contratar novas competências para acompanhar a evolução tecnológica são as principais razões que justificam o aumento das equipas
Quando questionados sobre as principais razões para aumentarem as suas equipas, os empregadores das TI em Portugal destacam o crescimento da empresa e a necessidade de contratar novas competências para fazer face à evolução tecnológica, ambas mencionadas por 32%. Segue-se a vontade de aumentar a diversidade nas equipas, ao abrir novas posições, destacada por 28% dos empregadores, bem como a necessidade de adquirir competências renovadas para manter a competitividade, referida por 24%.
Para os empregadores nacionais do setor que projetam uma redução no número de colaboradores no segundo trimestre, a reorganização ou redução da dimensão da empresa é indicada como o principal desafio (38%). Seguem-se motivos como a necessidade de responder a uma menor procura atual, bem como as alterações do mercado, que diminuem a necessidade de alguns postos de trabalho, ambos destacados por 25% dos empregadores.
Intenções de contratação das TI a nível global recuam ligeiramente, mas mantêm-se as mais otimistas
A nível global, o setor das TI continua a ser o que apresenta a Projeção para a Criação Líquida de Emprego mais elevada, seguindo a tendência do trimestre anterior. O sentimento dos empregadores situa-se, assim, em +35%, espelhando uma redução ligeira de 2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e um aumento de um ponto percentual face ao segundo trimestre de 2024.
Na Região EMEA, a Projeção situa-se nos +26%, registando uma redução de 6 pontos percentuais face ao trimestre passado e de 2 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado.
O estudo da Experis entrevistou 5.476 empresas tecnológicas, em 41 países e territórios. O próximo estudo será divulgado em junho de 2025 e divulgará as expectativas de contratação para o terceiro trimestre do ano.
* A Projeção para a Criação Líquida de Emprego resulta da diferença entre a percentagem de empregadores que planeia aumentar a sua força de trabalho e a percentagem de empregadores que planeia reduzi-la.