Experis Tech Talent Outlook

Recuperação nas intenções de contratação do setor tecnológico no último trimestre do ano  

Conclusões do Experis Tech Talent Outlook: 4º trimestre de 2025

  • Quase metade dos empregadores nacionais esperam manter o número atual de colaboradores


Após um trimestre de quebra, as intenções dos empregadores do setor tecnológico em Portugal voltam a crescer e a Projeção para a Criação Líquida de Emprego, para o último trimestre de 2025, situa-se agora nos +22%. Estas são conclusões do mais recente Experis Tech Talent Outlook, que revelam que a Projeção em Portugal se situa agora 14 pontos percentuais abaixo da média global.

Assim, dos empregadores inquiridos em Portugal, 36% pretendem aumentar as suas equipas no próximo trimestre, face a 15% que antecipam ter de reduzir a sua força de trabalho e a 49% que esperam manter o número atual de colaboradores.

Apesar de o setor tecnológico em Portugal mostrar sinais de recuperação no próximo trimestre, o contexto global continua marcado pela prudência, reflexo de um clima económico e político de incerteza que leva as empresas a adiar ou reduzir projetos que não são críticos para o negócio. Ainda assim, continuamos a observar investimento em áreas fundamentais, como modernização tecnológica, cloud, segurança ou data — muito associadas à preparação para a IA. Esse movimento traz consigo dois desafios claros: por um lado, as empresas precisam de assegurar que dispõem do talento certo para acelerar a sua preparação digital; por outro, enfrentam uma transformação no perfil de competências procuradas, com a IA a reduzir a necessidade de funções mais básicas de programação e a reforçar a procura por especialistas em áreas de maior valor. Em Portugal, tal como a nível global, o equilíbrio entre cautela e investimento estratégico vai ditar a evolução do mercado de talento tecnológico nos próximos meses”, afirma Nuno Ferro, Brand Leader da Experis.

Crescimento das empresas e preenchimento de funções em aberto impulsionam as contratações no setor tecnológico

A Projeção para os últimos três meses do ano revela um aumento de 3 pontos percentuais face ao trimestre anterior, quando era de +19%, e de 9 pontos percentuais em comparação com o período homólogo do ano passado.

Evolução da Projeção de Emprego nas TI em Portugal com o valor por trimestre nos últimos 2 anos.
Evolução na Projeção para a Criação Líquida de Emprego nas IT em Portugal

Entre os principais motivos apontados pelos empregadores das TI para o aumento das suas equipas, destaca-se o crescimento das empresas, que leva à criação de novos postos de trabalho (37%). Segue-se o preenchimento de funções em aberto devido a saídas recentes de colaboradores (33%), bem como a necessidade de contratar competências atualizadas para manter a competitividade (30%).

Nos casos em que existe uma previsão de redução de trabalhadores no próximo trimestre, os empregadores das TI referem sobretudo a necessidade de alinhar as equipas com a procura atual do mercado (45%).

Intenções de contratação das TI a nível global mantêm-se estáveis face ao trimestre passado e ao período homólogo de 2024

A nível global, o setor das TI mantém-se como o setor com as perspetivas de contratação mais robustas, com uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de +36%. Apesar disso, este valor traduz uma diminuição de 2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, embora se mantenha inalterado face ao mesmo período do ano passado.

A nível global, os empregadores de TI identificam sobretudo o crescimento das empresas como principal motor para a criação de novos postos de trabalho (41%), seguindo-se os avanços tecnológicos e a necessidade de novas competências (35%).

No que diz respeito à redução de trabalhadores, os principais fatores apontados são os desafios económicos que impactam as necessidades de recrutamento (34%), bem como a automação que tem reduzido a necessidade de certas funções (29%).  

O estudo da Experis entrevistou 6.533 empresas tecnológicas, em 42 países e territórios. O próximo estudo será divulgado em dezembro de 2025 e divulgará as expectativas de contratação para o primeiro trimestre de 2026.

(1) A Projeção para a Criação Líquida de Emprego resulta da diferença entre a percentagem de empregadores que planeia aumentar a sua força de trabalho e a percentagem de empregadores que planeia reduzi-la.