Conclusões do Experis Tech Talent Outlook: 3º trimestre de 2025
- Setor das TI em Portugal regista uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego[1] de +19%, um valor 17 pontos percentuais abaixo da média global
Após dois trimestres de recuperação, as intenções dos empregadores do setor tecnológico em Portugal voltam a abrandar e a Projeção para a Criação Líquida de Emprego, para o terceiro trimestre de 2025, situa-se agora em +19%. Estas são conclusões do mais recente Experis Tech Talent Outlook, que revelam que a Projeção em Portugal se situa agora 17 pontos percentuais abaixo da média global.
Assim, dos empregadores inquiridos em Portugal, 42% pretendem aumentar as suas equipas no próximo trimestre, face a 23% que antecipam ter de reduzir a sua força de trabalho e a 34% que esperam manter o número atual de colaboradores. Portugal volta assim a encontrar-se a contraciclo do comportamento global do setor das TI, onde a Projeção para a Criação Líquida de emprego volta a aumentar, situando-se agora nos +36%. De facto, este é mesmo o setor que apresenta a melhor Projeção, a nível global, tendo progredido de um ponto percentual face ao valor observado no segundo trimestre.
“Os dados para os próximos três meses refletem um mercado das TI mais moderado em Portugal, influenciado pelos efeitos do abrandamento económico e da incerteza global. Apesar disso as empresas vão continuar a necessitar de acompanhar a transformação tecnológica e a crescente adoção da IA para assegurarem a sua competitividade atual e futura, pelo que continuaremos a registar procura por perfis tecnológicos especializados, que garantam às empresas essa transição. O desafio para as organizações vai estar, por isso, no equilíbrio entre a aposta em talento e a otimização de recursos, num contexto em que os perfis mais especializados continuam a ser escassos e altamente competitivos a nível global”, afirma Nuno Ferro, Brand Leader da Experis.
Intenções de contratação dos empregadores nacionais de TI abrandam face ao trimestre anterior, mas melhoram em relação a 2024
A Projeção para os próximos três meses do ano revela uma redução moderada de 6 pontos percentuais face ao trimestre anterior, quando era de +25%, e 3 pontos percentuais quando comparada com a do primeiro trimestre do ano. Ainda assim, face ao mesmo período de 2024, verifica-se um ligeiro crescimento de 2 pontos percentuais.
Crescimento das empresas e avanços tecnológicos são os principais motivos apontados pelos empregadores para o aumento das equipas
Quando questionados sobre as principais razões para aumentarem as suas equipas, os empregadores nacionais das TI destacam o crescimento da empresa e consequente necessidade de criação de mais postos de trabalho (30%). Seguem-se os avanços na tecnologia que exigem novos conhecimentos e funções, destacada por 26% dos empregadores, bem como as mudanças nas competências necessárias para os serviços, dando origem a novas posições, referida por 22%.
Nos casos em que existe uma previsão de redução no número de trabalhadores no próximo trimestre, a otimização dos processos para aumentar a eficiência – que leva à consolidação de funções -, é indicada como a principal motivação, sendo referida por 40% dos empregadores. Seguem-se motivos como a reorganização das empresas e downsizing, bem como as evoluções na procura, que limitam a necessidade de determinados perfis, ambos referidos por 33% das empresas.
O estudo da Experis entrevistou 5.791 empresas tecnológicas, em 42 países e territórios. O próximo estudo será divulgado em setembro de 2025 e divulgará as expectativas de contratação para o último trimestre do ano.
(1) A Projeção para a Criação Líquida de Emprego resulta da diferença entre a percentagem de empregadores que planeia aumentar a sua força de trabalho e a percentagem de empregadores que planeia reduzi-la.