Imagem com padrões tecnológicos

Intenções de contratação das empresas nacionais de tecnologia continuam a descer até ao fim do ano  

Conclusões do Experis Tech Talent Outlook: 4º trimestre de 2024

  • Setor regista uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego[1] de +12%, uma redução de 5 pontos percentuais face ao trimestre anterior
  • Portugal é o 5º país a nível global com a menor Projeção nas TI

As intenções de contratação no setor tecnológico continuam a refletir o abrandamento que se tem vindo a observar em Portugal desde o segundo trimestre deste ano. Segundo o mais recente Experis Tech Talent Outlook, a Projeção para a Criação Líquida de Emprego no setor das TI. para o quarto trimestre do ano, fixa-se nos +12% um valor que representa uma redução de 5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

Este valor coloca Portugal 23 pontos percentuais abaixo da média global, sendo o quinto país, de um total de 42, com a menor Projeção para a Criação de Emprego nas TI.

Apesar de em queda, as intenções dos empregadores do setor mantêm-se em terreno positivo, com um total de 32% dos empregadores do setor a pretender aumentar as suas equipas até ao fim do ano, face a 20% que antecipam ter de reduzir a sua força de trabalho e 45% que esperam manter o número atual de colaboradores.

As intenções de contratação dos empregadores das TI, para o final de ano, confirmam a trajetória descendente que se tem vindo a verificar em Portugal nos últimos meses, com uma Projeção 45 pontos percentuais abaixo da observada no primeiro trimestre deste ano, quando as estimativas dos empregadores atingiram o segundo valor mais alto no pós-pandemia. Este fenómeno está naturalmente associado efeito de ajuste de equipas, que já se fez sentir há alguns meses a nível internacional e que afeta também o mercado nacional. Reflete ainda o impacto da continua disrupção tecnológica, com os crescentes investimentos em IA a obrigar a uma revisão das prioridades de talento por parte das empresas tecnológicas e a traduzir-se num balanço diferente ao nível das suas intenções de contratação”. afirma Nuno Ferro, Brand Leader da Experis.

Apesar deste abrandamento, o setor continua a criar emprego e os empregadores sabem que vão precisar de continuar a atrair talento especializado capaz de alimentar as necessidades de desenvolvimento não só em IA, como também em outras áreas prioritárias tais como o data science, a cloud ou a cibersegurança.” conclui.

Tecnológicas portuguesas a contraciclo do sentimento Global

A nível global, o setor das TI é o que apresenta a Projeção para a Criação Líquida de Emprego mais elevada, neste quarto trimestre. É ainda o setor com o crescimento mais forte nas intenções de contratação, recuperando da desaceleração do último trimestre, que traduzia as preocupações com uma sobrevalorização das ações das empresas tecnológicas devido ao forte crescimento da IA. Não se registando qualquer abrandamento no investimento em TI, a confiança para contratar voltou a melhorar. A Projeção situa-se agora em +35%, o que representa um aumento de 6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

O estudo da Experis entrevistou 5 912 empresas tecnológicas, em 42 países e territórios.

* A Projeção para a Criação Líquida de Emprego resulta da diferença entre a percentagem de empregadores que planeia aumentar a sua força de trabalho e a percentagem de empregadores que planeia reduzi-la.